procuram-se motivos

não, esse post não é uma aula de mecanismos de impessoalização da linguagem e uso da voz passiva sintética de forma que o verbo concorde com o sujeito paciente, embora minha cabeça de professora logo pensa num exercício de fixação e nos alunos errando a concordância numa passiva analítica ao inverter a ordem sintática dos termos na oração e aí eu digo que gente, não tem problema nenhum pôr o sujeito depois do verbo, mas vai vendo que é mais fácil acertar a concordância quando a gente tem o sujeito logo ali bem no começo. quer dizer. foco, olivia. o que eu queria mesmo eram motivos para continuar no facebook. por enquanto eu só tenho um: a facilidade para divulgar o lançamento do meu próximo livro. porque afinal eu posso conversar com as pessoas por e-mail, e as pessoas podem muito bem me encontrar por e-mail também. aliás, mesmo o aviso sobre o lançamento eu posso fazer por e-mail, é só uma questão de organizar melhor os meus contatos, o que, considerando minha neurose digital, não vai ser tão difícil, já que meus contatos já estão terrivelmente organizados e sincronizados com meu android e seus devidos telefones, quando há números de telefones. e endereços também. quando foi que as pessoas começaram a dar mais atenção ao que recebem pelo facebook do que aos e-mails? pra ler gente escrevendo asneira eu tenho o twitter (adoro). pra escrever minhas próprias asneiras idem. pra publicar as fotos tenho o blog e o picasaweb (embora minha vontade seja fazer, num futuro não tão distante, todos os álbuns no meu próprio blog). pra saber o que as pessoas estão fazendo… bueno.

eu na verdade nem uso o facebook pra saber o que as pessoas estão fazendo. mas é que ninguém mais usa rss, não é? pelo jeito, nem o google. as pessoas só vêm ler o meu blog porque os posts são republicados no facebook. é isso mesmo? que cazzo. me ajudem aí, me deem uma luz. faz já um tempo que eu não gosto do facebook. ele fica lá, todo azul e feio e inútil. nesse meu processo de diminuir as tralhas da minha vida (me livrar de livros que não quero mais ler, roupas que não vou mais usar, brinquedos velhos, bichos de pelúcia e pilhas e pilhas de papéis antigos), precisam ir também as tralhas virtuais. porque minimalismo não é só pra realidade física. senão o quarto fica vazio e a cabeça continua cheia; não adianta nada. sim?

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