aí mais uma vez couchsurfing e mais uma vez aquela sensação de ai meu deus será que vai dar certo. e claro que deu. a Maiara me recebeu toda mãe, perguntando mil coisas que era pra eu me sentir mais em casa. conversamos um pouco com petiscos e cervejas antes de dormir. o plano pro dia seguinte, sábado, era um almoço com o outro host couchsurfing da cidade (são os únicos), o Martin (um irlandês que mora ali há muitos anos, um dos pioneiros na criação de porcos da cidade). pois: chegamos na chácara do Martin e fomos recebidos pelos quatro cachorros e pelo gatinho preto que não tinha nome. o Martin veio avisando que a lasanha estava no forno e vamos sentar aqui na sala ouvindo uma playlist do youtube na minha smartv nova. falamos sobre viagens e sobre a história da criação de porcos na cidade. éramos os três um grande encontro couchsurfing de Santa Rosa.
o almoço teve participação especial da dona Eva, a vizinha, que apareceu na janela pra fazer, segundo o Martin, uma consulta: pergunta um monte de coisa e conta de vidas alheias. depois ela trouxe um pedação de bolo de chocolate e um chimarrão gigante com uma garrafa térmica de dois litros e meio e saia. gostei demais da cidade e acho que encontrei o tamanho ideal de cidade pra viver: uns 50 mil habitantes, mais ou menos. lá tem um monte de praça e um monte de estátua, de todos os tipos, por todos os lados. sem contar o portal da Xuxa, que nasceu lá, e uma homenagem ao goleiro Taffarel com uma estátua bem feia feita de ferro ou qualquer coisa desse tipo.
à noite ainda fomos num dos (dois) bares da cidade pra tomar cerveja e comer um lanche com vista pra praça do chimarrão gigante. no dia seguinte peguei carona com a Maiara pra vir pra Porto Alegre. ela precisava tomar um voo pra São Paulo e eu estava indo naquela direção de qualquer jeito. o ponto alto da viagem foi a surpresa que a Maiara tinha preparado (na verdade ela já tinha me contado o que era, mas a princípio era pra ser uma surpresa): uma parada na cidade de Victor Graeff. a cidade é minúscula e fica no meio do nada, mas tem uma tal praça dos cipestres com milhares de esculturas em arbustos.